a reforma e o tempo

o correio da manhã de hoje, sábado, 7 de novembro, traz a notícia de que muitos que estão nas escolas já deram conta, a saída de inúmeros docentes;

contabilidades à parte e a questão que se me coloca passa por tentar perceber os efeitos desta sangria nas culturas de escola;

são os mais velhos que transportam toda a carga mais simbólica de uma escola, desde as estórias do que aconteceu, aos pequenos casos ou acasos que se perdem de tanto se contarem; os mais velhos são guarda viva de memórias passadas que se esfrangalham num presente;

a transição, antes lenta desta memória, permitia que não se criassem hiatos e que as estórias e a memória passassem de uma figura a outra, de um conto a outro e, dessa forma, enriquecessem a cultura profissional e escolar;

a ausência desta memória, o esvaziamento do passado que consequências terá na escola e na sua organização?
que efeitos pedagógicos e sociais (ou socioprofissionais) terá o corte abrupto da memória coletiva?
que raízes se descobrirão na falta da memória e da cultura escolar?

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